Problemas
eletrônicos, mais uma vez, comprometeram minha corrida. Dessa vez, eles
me tiraram uma 2ª colocação que parecia certa. Apesar das adversidades,
consegui fechar o fim de semana em Curitiba com um pódio.
O dia hoje começou de maneira distinta dos Domingos de
corridas anteriores: antes da visitação de boxes, tivemos um pequeno
treino de 10 minutos em que pudemos averiguar a condição do carro para a disputa, ver se estava tudo em ordem. Dei apenas duas voltas rápidas
nessa sessão, uma vez que os mesmos freios ainda teriam que suportar a
corrida; e, confirmando a boa performance do meu carro, cravei a volta
mais rápida.
Assim que retornei aos boxes, a equipe já verificou os últimos
detalhes e, uma vez que tudo estava acertado, já
posicionamos as Mercedes-Benz da Rsports
para o momento de contato com o público, a visitação de boxes. Um fato bem legal desta etapa é que todo o significativo
público presente pôde ir aos boxes ver de perto as máquinas do evento,
isto é, não foi exigido nenhum credenciamento especial - fato que
aumentou ainda mais o número de pessoas nos prestigiando.
A sessão chegou ao fim às 11:25 e, depois de posicionar toda a equipe para uma foto, chegou o momento de posicionar minha C 250 Turbo na 2ª colocação do grid de largada. Pontualmente ao meio dia, partimos para a volta de apresentação, sendo acompanhados ao vivo por telespectadores de todo Brasil através do canal SporTV 2. Acelerei imediatamente após as luzes se apagarem indicando a
largada. Minha Mercedes-Benz, entretanto, não acelerou com a mesma
intensidade dos meus oponentes e, assim, comecei a ser ultrapassado por
uma série de pilotos na longa reta principal de Curitiba. Cheguei à
freada para o confuso S
de baixa em um pelotão com cerca de 4 pilotos lado a lado, recebi
alguns toques naquele momento e, em um movimento inevitável (e
polêmico), para evitar uma batida na primeira curva, cortei o S pela grama. Ao final desses segundos mais tensos da prova, eu era o 3º colocado.
Nas voltas seguintes, não tendo nenhum piloto me pressionando, minhas preocupações passaram a ser recuperar a posição perdida e não perder contato com os líderes. Era evidente a menor velocidade final do meu carro. Mesmo perdendo certo tempo nas retas, em ritmo de classificação, fui gradativamente me aproximando do oponente a minha frente - que também não perdeu muito contato em relação ao 1º colocado. Diante da possibilidade de uma vitória, procurei não perder tempo na ultrapassagem e, pouco antes da metade da prova, em uma bela ação na freada da curva da vitória, conquistei a 2ª posição. Até o momento da parada obrigatória, abri considerável vantagem, o que me possibilitou pilotar sem a necessidade de defender minha posição.
Cumpri os 2 minutos de parada previstos em regulamentos sem muito excesso e, assim, reduzi a distância que me separava do 1º colocado. Passei a mirar a liderança da prova e, no decorrer das voltas, meu ritmo constante fez com que eu fosse me aproximando do meu objetivo. Já era de menos de 3s a diferença quando meu carro - que apesar de não ter apresentado desempenho excelente em retas e retomadas tinha se comportado muito bem eletronicamente até então - resolveu complicar minha vida. Ao sair da curva da vitória, a última do circuito, que antecede a maior reta de Curitiba, senti a perda de potência, provavelmente por conta do corte da atuação do turbo. Imediatamente, já conhecendo o problema, tentei as soluções que geralmente funcionam. Minha potência, entretanto, não foi retomada. Enquanto meus oponentes marcavam 200km/h, passei no radar do final da reta a cerca de 150 km/h e, inevitavelmente, vi uma rápida aproximação do 3º colocado em relação a mim. Ao entrar na reta oposta, com o carro ainda com desempenho limitado, fui ultrapassado e, só então, fiz uma última tentativa de solucionar o problema, mais drástica: reiniciei o carro em movimento. Felizmente, retomei a potência original. Infelizmente, já havia uma diferença de mais de 2s entre eu e o 2º colocado.
Não desisti de me aproximar nas voltas finais e até consegui reduzir um pouco a vantagem do meu oponente. Nossos tempos de volta, entretanto, eram bem similares e, assim sendo, não tive tempo suficiente para atingir uma distância que me possibilitasse nova tentativa de ultrapassagem. Cruzei a linha de chegada pela última vez com a 3ª posição - feliz pelo bom resultado, mas extremamente chateado por, novamente, ter sido prejudicado por um problema eletrônico da minha C 250 Turbo.
Já conversamos com mecânicos da Mercedes-Benz, que nos passaram algumas sugestões do que pode resolver definitivamente o problema do meu carro. As próximas semanas, sem dúvidas, serão de muito trabalho e vários testes, quantos forem necessários até que tenhamos a certeza de que a C 250 número 99 apresenta comportamento eletrônico ideal e não mais nos complicará. O campeonato fica mais complicado agora, precisamos de vitórias e não podemos mais enfrentar esse obstáculo. A esperança e a motivação para brigar pelo título ainda existem! Agradeço a torcida de todos nessa etapa. A partir de agora, foco total na próxima: Velopark vem aí!
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