segunda-feira, 6 de agosto de 2012

De volta ao Paulista de Marcas e Pilotos

Ocorreu em Interlagos neste último final de semana a 7a etapa da Copa Marshal de Marcas e Pilotos. O evento marcou minha volta à categoria depois da participação no Mercedes-Benz Grand Challenge.
 
Uma novidade dessa etapa foi o fato de eu ter competido com um GM Corsa. Andei no carro pela primeira vez em um treino realizado alguns dias antes da corrida. Além de me sentir muito confortável, registrei uma marca na qual, inicialmente, não acreditei: 2:01.93, confirmados na tela do HotLap. Vale lembrar que, até esse dia, minha melhor marca na categoria era um 2:03.6, registrado na segunda bateria da 5a etapa. A expectativa era grande para a corrida.
  
Confiante no potencial do veículo, não treinei na Quinta-feira, como de costume. Fui para a pista na sexta de manhã e na segunda volta já registrei a marca de 2:02.9. Após algum tempo de treino, quando outros pilotos se aproximaram desse tempo, voltei para a pista e dei mais uma volta rápida, 3 décimos melhor que a anterior: 2:02.6. Nos últimos minutos minha marca foi superada por um piloto, mas considerando que foram apenas três voltas rápidas nesse treino de 50 minutos, a segunda posição foi um excelente resultado.

Assim que começou o treino da tarde fui para a pista com o GM Corsa. O plano era completar algumas voltas com os pneus que fizeram o treino da manhã e, então, testar pneus dianteiros novos, que teoricamente melhorariam o tempo. Essa expectativa de melhora, entretanto, não se concretizou. O comportamento do carro foi profundamente alterado e, as entradas de curva, extremamente comprometidas. Os acertos não resolveram muita coisa. Terminei o treino na terceira posição, mas a diferença para o primeiro colocado, que antes era de menos de 2 décimos de segundo, passou a ser de mais de 1 segundo. Teríamos que pensar em alguma mudança para o treino classificatório.

Juntamente com a equipe Arias fiz algumas alterações no acerto do carro para a Classificação. A pole-position seria muito importante para o campeonato e, diante da situação que enfretávamos, eu sabia que teria que dar o máximo de mim para conquistá-la. Meu esforço não foi suficiente para compensar a deficiência do GM Corsa em curvas. Garanti a terceira posição, geral e da Light, para a largada da primeira bateria.

Ao analisar a suspensão do Corsa após a Classificação, visando encontrar a causa para o mal-comportamento do veículo, a equipe Arias descobriu que os amortecedores chegaram com muito menos carga do que deveriam estar. Eles foram logo trocados e, minha confiança para a corrida, retomada.

 

Domingo, tempo fechado, tudo pronto para o início da primeira bateria. Caí para a quarta posição geral na largada depois de ter sido ultrapassado pelo competitivo Luis Filgueiras. O comportamento do carro havia melhorado bastante. Não tive dificuldades para ultrapassá-lo. Me aproximei dos líderes e cheguei a ficar lado a lado com o segundo colocado. Na segunda metade da corrida, entretanto, notei uma significativa queda de desempenho no motor do Corsa número 999. O Data Logger me indicava que a mistura estava muito fina. Havia algo errado e a estratégia, a partir desse momento, passou a ser a de poupar o carro para evitar a quebra do motor e, assim, completar a bateria na terceira posição, geral e da Light (sim, os três primeiros eram da categoria Light, cujos pilotos apresentam experiência intermediária na categoria). Fiz a última volta com o motor já dando seus últimos suspiros. Consegui manter a posição.
Um grande esforço foi exigido da equipe Arias para que o motor fosse trocado a tempo para a segunda bateria. Como se não bastasse a complicada troca, o novo motor não dava partida. Descobrimos que o que havia causado problemas na primeira bateria - e agora dificultava a preparação do carro para a segunda bateria - é a quebra do alternador. Com muito esforço e após um belo trabalho de equipe a troca foi concluída, apenas alguns segundos antes do fechamento dos boxes.
Punido em 10 posições pela troca do motor, alinhei na décima quarta posição geral para a segunda bateria. Quando as luzes se apagaram, começou uma das corridas mais disputadas da minha vida. Foram inúmeras brigas, emocionantes, mas com muita consciência, envolvendo Luis Filgueiras, Cláudio Roscoe, Rodrigo Moreno e Arthur Bragantini. Cheguei a ocupar a segunda posição, geral e da Light, por algumas voltas. Fui superado por Wanderson Freitas e concluí a prova na terceira posição geral, segunda da Light, resultado mais que satisfatório depois de quase não conseguir sair dos boxes e fazer corrida de recuperação. Enfim, foi um final de semana difícil, mas que rendeu boas disputas e terminou com um ótimo resultado. As imagens registradas por minhas câmeras nas corridas ficaram muito boas e, assim que finalizado o processo de edição, estarão aqui.
A próxima etapa é daqui a duas semanas, no dia 26 desse mês.

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